Estratégias de negócio que vão morrer nos próximos 5 anos

Numa era em que as tecnologias móveis dominam as nossas vidas e a forma como trabalhamos, as estratégias de marketing e comunicação bem como a sua organização estão igualmente a se reconfigurar. Partilho hoje as 10 principais tácticas e normas de negócio que em cinco anos a partir de 2014 cairão em desuso e completo esquecimento.

Departamentos de marketing isolados
Não se preocupe, não quero dizer que o marketing vai deixar de existir, mas a era de empresas com departamentos separados de  marketing, branding, mídia digital e social ou produção de conteúdo vai chegar ao fim. É tudo marketing, que está totalmente focado numa coisa: geração de receita. Consequentemente a figura de Director ou Administrador de Marketing será a segunda figura mais importante de uma organização, depois do PCA porque ele será responsável pela supervisão e aperfeiçoamento das relações com o cliente a fim de maximizar a receita gerada a partir desses esforços. Isto também implicará a extinção da figura de um Director de Vendas trabalhando em molde departamentalizado. Essa pessoa vai agora trabalhar com e para a Director (Administrador) de Marketing. Isto leva-me a próxima categoria.

Vendedores
À medida que as técnicas de venda vão se aperfeiçoando, chegaremos ao ponto em que pessoas que se consideram vendedoras ou revendedoras pura e simplesmente jamais terão emprego, pois toda a informação sobre um determinado produto que um cliente for a precisar estará facilmente disponível na web. A menos que estes vendedores tragam informação especializada e experiência em consultoria de vendas, eles jamais poderão constituir-se em mais-valia. Os melhores e os últimos vendedores serão aqueles com conhecimento real que os clientes precisam para ajudá-los a tomar decisões de compra informadas e inteligentes. Os restantes serão substituídos pelo website.

Publicidades frias e cegas baseadas na internet
As velhas tácticas de venda baseadas em emails de massa, interrupção e email directo serão abaladas; enviar e-mails ou faxes a pessoas que não conhece ou ligações telefónicas, sofrerão revés. Tornar-se-á quase impossível que alguém retorne uma chamada ou mensagem de alguém que não conhece, muito menos entrar no processo de compra. A menos que a sua comunicação prove-se valiosa e relevante, ela será mais um incómodo do que qualquer coisa.

Branding pessoal
Muito poucas pessoas ainda terão um currículo à moda antiga. Na verdade, em vez daquele CV que nós conhecemos, teremos um conjunto de fontes e roteiros digitais constituídos por um perfil no LinkedIn, blog, perfis sociais, imagens e outros itens que surgirem em pesquisas do Google. Serão com estes recursos que as empresas irão buscar novos empregados e consultores e talentos. Será desta forma que será também conhecido. Esta revolução apresenta riscos principalmente em relação à gestão de reputação pelas plataformas das redes sociais.

A impressora
Muito poucos relatórios anuais, directórios, ou quaisquer documentos internos ou externos continuarão a ser impressos. Publicações online com gráficos interactivos e de vídeo podem fornecer muito mais valor informativo e facilidade de distribuição. O mesmo vale para publicações comerciais: todos eles passarão para formatos online. Consequentemente, o apoio a publicidade impressa vai secar, afinal, você não pode clicar numa revista impressa! Os ardinas também irão notar que os encartes e folhetos que enfiam em jornais e revistas param na lixeira. Estes produtos de papel tornar-se-ão e serão distribuídos em exclusivo por e-mail e website e outras plataformas baseadas na internet.

Equipamento e tecnologia in-house
É pouco provável que as empresas continuem a fornecer os trabalhadores dispositivos móveis e computadores. Todo mundo vai trazer o seu próprio equipamento para trabalhar e o departamento de TI terá que sujeitar-se à adaptação. Da mesma forma, o Director de Informação vai agora trabalhar mais estreitamente com o Director de Marketing e não com o Director Financeiro. Enquanto isso, os sistemas internos irão mover-se para as nuvens (Cloud), e a maioria das despesas com a tecnologia serão voltadas para o cliente.

Relações com clientes
Os clientes e potenciais clientes serão todos considerados comunidade ou um público – e serão alcançados mediante seus interesses comuns, paixões ou necessidades. A melhor maneira de conseguir isso é com a produção de conteúdo de alta qualidade entregue na base de aceitação individual, que garante uma verdadeira relação em dois sentidos.

Viagens
As tecnologias de teleconferência serão melhores e serão utilizados de forma mais eficiente. Sistemas de comunicação e teleconferência desde Google+ e Skype para sistemas de nível empresarial que fazem sentir como se estivesse na mesma sala de reuniões irão proliferar.
Mesmo assim a interacção face- a-face serão sempre fundamentais nas relações comerciais, mas pode ser reservado para alguns casos essenciais.

Published by Egidio Vaz

Communication Strategist & Media Scholar